quarta-feira, 28 de março de 2007

Simplismente simples


Foto: Tatiana Alcalde

Estátua do tropeiro Josias Florêncio: em 2002 estava sendo esculpida para ser colocada no portal de entrada da cidade de Silveiras (SP) ao lado da estátua de uma mula, que já estava no local.


Dizem que o mais fascinante assunto para uma câmera é gente. E é gente que mantém viva a cultura dos tropeiros. Na simplicidade, sem pretensão de ser algo além do que é, ou de fazer e receber reconhecimento público por isso. Ouvi Josias Florêncio, Maria Mendes, Joaquim Governo e Preguinho. Gente que fala do que vive sua cultura e a saudade do tropeirismo como se fosse tão real para nós quanto o é para eles. Gente que não vê nada de extraordinário em ter sido tropeiro, ferreiro ou em fazer um café tropeiro. Gente que não entende, por tamanha simplicidade e não ignorância, o fato de esculpirem uma estátua dela e a cercarem com perguntas para saber ao máximo toda história, cotidiano e hábitos de um tropeiro. Gente cujo sonho era um dia almoçar na casa de um amigo que mora no centro da cidade, pensando que lá a comida deveria ser diferente da que come no próprio bairro, mais afastado. A admiração e o respeito por essa simplicidade mantém uma cultura viva.

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