segunda-feira, 9 de março de 2009

Fortenge: a saga

Quem casa, quer casa. Certo?
Pois é. Nós também. A nossa humilde (futura) casa é um apartamento de 45 metros quadrados na cidade que não pára e não dorme e todos os demais adjetivos e nomes que se possa atribuir a São Paulo.
Como chegamos nela (ou melhor, estamos tentado chegar) nos leva a uma viagem no túnel do tempo.
Tudo começou há cerca de três anos, quando ele decidiu dar um grande passo: ter sua própria casa para morar. Pesquisa aqui, procura acolá e voila: o apartamento do EcoVitta Ipiranga tinha tudo o que ele procurava.
Negócio fechado ... na planta.
A Fortenge, construtora responsável pelo empreendimento, promete a entrega do imóvel para dezembro de 2007.
Promessa não cumprida. Janeiro de 2008 e nada da liberação do apartamento. Fevereiro: idem. Março: sem previsão. Abril: na Fortenge ninguém sabe de nada. E assim foi até junho de 2008, quando a Fortenge reúne os moradores de um dos prédios do EcoVitta Ipiranga para constituir um condomínio - é estabelecido um síndico e os condôminos passam a ter que pagar a taxa de condomínio. Mas, e a chave do apartamento? "Só depois do financiamento". E o financiamento??? "Boa pergunta!".
A Caixa Econômica Federal não podia liberar o financiamento - e não estava liberando - porque simplesmente havia um erro na planta. Constava do empreendimento da Fortenge - na planta - 5% de área verde, para cumprir a exigência de uma lei municipal. Onde estava a área verde? Essa é outra boa pergunta, que leva a mais uma: como a Fortenge pôde errar na matemática? O EcoVitta Ipiranga, construído pela Forgente, simplemente não tem 212 metros que constam na planta - justamente a tal da área verde!
Por um erro - humano, segundo a Forgente - ninguém conseguia financiamento e muito menos as chaves do imóvel. E detalhe: cada futuro morador já estava sendo obrigado a pagar cerca de R$ 200 de condomínio (incluso: gás, água, IPTU etc) mesmo sem morar de fato no apartamento!
Em julho, o caso foi parar na TV, no Proteste Já do CQC - Custe o Que Custar. Vejam:








Depois desse protesto, as coisas começaram a mudar e alguns dos consumidores que compraram o imóvel feito pela Fortenge começaram a puxar a fila do financiamento e finalmente pegaram a tão sonhada chave do "lar doce lar".
Nós? Bem, não bastava ter problemas com a Fortenge. A Receita Federal foi outra pedrinha no sapato: para dar andamento no bendito financiamento com a Caixa Econômica Federal era preciso apresentar documentos e mais documentos, entre eles a cópia da declaração do Imposto de Renda.
Nós tivemos que solicitar à querida Receita Federal uma segunda via da cópia da declaração do Imposto de Renda. O Leão demorou quase seis meses - e depois de acionarmos a imprensa - para nos entregar esse documento ...
Pagamos impostos, e caros diga-se de passagem, para nos depararmos com a lentidão (e quiçá má vontade também) da máquina pública em resolver algo simples: a cópia de um documento que temos a obrigação de enviar para prestar contas. É piada e de mal gosto!
Enfim, comentários e indignação à parte, com a tal declaração em mãos pensamos que tudo ia correr bem - finalmente - e mais rápido, mas (sempre tem um "porém") a assessoria imobiliária, parceira da Fortenge para cuidar da parte buRRocrática, continuava a pedir a conta-gotas mais documentos. Lá se foram mais uns meses para que finalmente entrássemos no banco para dar início ao processo de financiamento. A essa altura já estávamos em dezembro de 2008, um ano depois da data de entrega do imóvel prometida pela Fortenge.
"Agora sim!", vocês leitores podem pensar ... mas (eu disse que sempre tem um "porém") ainda não nos entregaram a chave do nosso futuro "lar doce lar".
Por que? Bem, dessa vez o problema era de sistema (!!). Pelo menos foi a justificativa que o banco deu para a Fortenge sobre o depósito do valor do FGTS (que é parte do pagamento feito à construtora pelo apartamento).
Sem o valor do Fundo de Garantia, a construtora não liberava a chave.
SANTA PACIÊNCIA ...
Lá fomos nós, de novo, falar com a Caixa. A primeira tentativa não deu muito certo.
E a construtora continuava irredutível. Nem a "ajuda" de uma advogada surtiram efeito.
A solução mesmo veio depois de falar com a ouvidoria do banco. Telefonema feito num dia. No outro, tudo resolvido.
Agora, só enviar uma papelada por fax para a Fortenge e veremos o fim dessa saga ...
Até o próximo o post.

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